2 de fev. de 2009

l'amour

esses tempos, uma discussão tem sido recorrente em todos os meus círculos de amizade: relacionamentos. estou solteira há pouco mais de um ano e, sinceramente, às vezes sinto falta de alguém q se importe desesperadamente comigo, q me ame do jeito q eu sou, q cuide d mim, q faça sexo comigo sempre q der. aí, eu lembro q tenho meus amigos e, pronto, fico satisfeita plenamente. encontro neles tudo o q preciso.
nessas discussões, um tema me chama a atenção: a aversão q as pessoas têm ao seu passado e ao passado do outro. como se os ex-namorados e namoradas, as baladas, tudo o q a pessoa viveu antes fosse uma mancha, um erro, algo a ser apagado pra sempre e esquecido.
não sei.
eu não aceitaria isso.
meu passado, meu presente, condenáveis ou não, foram e estão sendo. me fizeram o q sou. contribuíram em cada milímetro na construção do q eu penso e sinto. e serão sempre importantes pra mim. por pior q tenham sido, jamais aceitaria apagar o meu passado ou o q estou vivendo hoje.
por isso, hj, qdo meu ipod escolheu para tocar non, je ne regrete rien, com a edith piaf, eu me emocionei e chorei voltando pra casa
não tenho vergonha do meu passado e não tenho vergonha d chorar em público
não tenho vergonha de sentar aqui e admitir que eu choro ouvindo música
ainda mais uma música q fala sobre o passado e o presente

http://br.youtube.com/watch?v=kFRuLFR91e4

non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.
non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
c'est payé, balayé, oublié,
je me fous du passé.
avec mes souvenirs,
j'ai allumé le feu.
mes chagrins mes plaisirs,
je n'ai plus besoin d'eux.
balayés mes amours,
avec leurs trémolos.
balayés pour toujours
je repars à zéro...
non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.
non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
car ma vie, car mes joies,
pour aujourd'hui
ça commence avec toi

porque a gente não pode ter vergonha de ser quem é
e porque a gente não pode ter vergonha de recomeçar, quantas vezes forem necesárias

3 comentários:

André Henriques disse...

E pra quer ter vergonha de chorar, não é? Quando me dá vontade, eu choro mesmo, pois segurar as lágrimas é águar nossos melhores sentimentos, como diria Cazuza.

Sabe o que é mais engraçado sobre essa coisa de esquecer o passado do outro? É que quando esquecido o passado, tem gente que tem a coragem de cobrar o motivo da mudança da conduta do outro, como se fosse outra pessoa. Mas como poderia ser diferente se ele precisou abrir mão de tudo o que o fazia ser ele? Aliás, tem muita gente que quer esquecer quem já foi, que não quer lembrar o que sentiu e viveu, como se fosse este o caminho para recomeçar.

O fato é que nossas experiências são mais que necessárias para esse recomeço e como é bom poder sempre recomeçar para poder fazer diferente.

Cristian disse...

Somos, feliz ou infelizmente, o nosso passado. E se quisermos superá-lo ou resgatá-lo, antes temos de aceitá-lo.

Roberta Schmidt disse...

Nossa, amiga...que lindo! apagar o passado é o mesmo que anular-se...e se existe realmente amor, o passado nunca vai ser vilão (nem os namorados, nem as baladas,nem porres, nem os erros e acertos).
Amo pra caralho! (com todo o meu passado pra lá de negro).